quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Arquitetura e o Mar

Para projetar é necessário sentir. A Arquitetura não é composta apenas por funcionalidade e estética, mas sim por um algo a mais.
É por sentir e sempre buscar esta inspiração que escrevo este primeiro post: uma tentativa de mostrar, sensorialmente, a ligação do mar com a Arquitetura.
Cada cliente tem seu perfil e para criar um projeto adequado devemos entender as necessidades funcionais e psicológicas de cada um. Para quem ama o contato com a natureza e a sensação de liberdade que o mar e o vento transmitem, segue abaixo uma música do Jack Johnson e algumas imagens relacionadas à arquitetura e à decoração.




Ouça Jack Johnson enquanto visualiza as imagens. 
Fonte Youtube Chicuco

Vamos então sentir o mar, a sensação de festas na praia, como casamento e luau, o aconchego da decoração praiana e a arquitetura que valoriza o contato do interior da casa com a bela paisagem externa.
Onda do Mar
Festa na praia: velas criam o clima diferenciado da decoração.

Sentido

Árvore
Nascidos para conviver aos pés das árvores, é como somos. Quando digo aos “pés”, viso um sentido de reverência mais do que merecido por esses seres maravilhosos, que renovam o ar, abrandam os ventos, impedem o impacto direto da chuva contra o solo e suas raízes evitam que os sedimentos solvidos pela água e empurrados pela gravidade nas encostas assoreiem os veios d’água, que como as veias e artérias, são os condutores da vida sobre o planeta. Propiciam ainda o abrigo da luz solar excessiva, dosando-a.
            As crianças, seres com maior sensibilidade, conseguem abraçar uma árvore e sentir o ser vivo e majestoso que ali está. Já quando adultos, veriam a matéria-prima das indústrias de móveis e da construção civil. Crianças vêem com o coração, não com os olhos do lucro vedados por cifrões.
            O ser humano necessita do azul do céu, do dourado ao nascer e avermelhado do por do sol, de ouvir o farfalhar das folhas ao vento, do murmurar do riacho por entre as pedras e de ouvir o silêncio da mata sentindo a vida a sua volta, onde aparentemente não há mais ninguém. Não somos seres do asfalto, do concreto e da fuligem. A alegria das cidades, proporcionadas pelos shoppings, restaurantes, bares e boates são artificiais e nocivas ao nosso equilíbrio existencial. As alegrias naturais dos bosques, rios, lagos, montanhas, desertos e praias, são necessárias ao nosso ser. São nessas coisas simples que estão as nossas verdades. Esses locais nos arremetem a meditar sobre o “peque-pague” da vida e, sobre o tempo que inexorável escoa por entre os nossos dedos enquanto adiamos a vida a ser vivida para logo após o próximo projeto, aquele que nos trará algum benefício financeiro do qual dependem isso e aquilo.
            Não somos seres do game da sala escura e cheia de ácaros, enquanto comemos alguma coisa industrializada, sentados inertes diante dos monitores de televisão e computador. Somos seres do movimento, da canseira, do suor, das trilhas e escaladas, do nadar, remar e pedalar. Das longas caminhadas e corridas, usando ar puro e água limpa e sentindo a recompensa natural dada por nosso cérebro ao esforço do corpo. Somos programados para receber esta recompensa. Neste estilo de vida não cabem tristezas duradouras nem depressão permanente.
            Seja natural, sinta o prazer de conviver com o verde. Querendo ou não, ele faz parte da sua programação mental e rejeita-lo é abrir as portas para a insatisfação, uma espécie de punição que de tão antiga parece estar inserida em nosso DNA.
            As facilidades da vida moderna são bem vindas e necessárias, mas a inteligência nos diz que a escravidão de uma vida inteira é muito, pelo pouco que representa um pequeno apartamento com um condomínio perpétuo, dentro do anonimato que nos transforma em seres transparentes em meio aos demais que vivem da mesma forma. Procure parar e pensar para onde caminham 6,5 bilhões de seres humanos, sem predadores, sem planejamento familiar e sem limites, sobre um planeta cada vez mais limitado e entulhado pelos resíduos que produzimos em crescimento geométrico.
            Daí, minha reverência às árvores.

Ass.: O Druida

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cães de Metrô

Recebi outro dia, um e-mail sobre cães que vivem e usam o metrô para procurar comida.  Fato este que demonstra o raciocínio do animal. Especialistas estudam essas atitudes e viram que tais cães se movimentam juntos para descerem na estação desejada, inclusive calculando o tempo de viagem.  Assim, eles se comportam como trabalhadores normais: vão para o centro da cidade pela manhã, se alimentam e voltam à noite “para casa”.

Postei também em meu blog, um vídeo de gansos surfando. Pura diversão.
A maioria dos seres humanos acha que só eles possuem raciocínio, mas as atitudes acima demonstram o contrário. Quando o ser humano que se diz “civilizado” compreender os animais, terá vergonha das atrocidades que foram feitas contra com eles. O Planeta não é exclusividade dos seres humanos, é de todos os seres vivos, pois todos pertencem a uma grande Criação.

Fonte Consultada/Imagens: Anjos para Adoção

Encontre-O.

“     Quem dá mais, por um homem que ousou acreditar em Deus...?”.
     Não se trata apenas da letra de uma música, nem tampouco da visão limitada pelas balizas esmagadoras do raciocínio da “criatura”, impostos pelo ambiente de “tabus” onde, apontar o pensamento na direção de qualquer questionamento infringe de maneira pecaminosa e imperdoável a diretriz máxima da fé professada nesta ou naquela religião.
     Liberdade. O bem maior do ser humano. Dela advém a escolha, que certa ou errada propiciará, através do livre pensar, a reavaliação e o redirecionamento necessários, quando o amadurecimento posteriormente o aconselhar. Afinal, para que isso venha a ocorrer desde a mais terna infância o indivíduo foi aclimatado no seio de sua família com o incentivo à liberdade, condicionada a responsabilidade e ao respeito de não ferir a fina borda que o limita do espaço reservado ao direito do outro.
     Se Cristo, a maior expressão da religião católica foi batizado tardiamente, de acordo com seu livro maior, por que batizar nenês retirando deles a opção futura de escolha de maneira ditatorial? 
     Crie seu “pagãozinho” sob as bênçãos de Odin, dentro de todos os valores que você acredita, mas não o castre do pensar e escolher. Ele não tem pecado algum.
     Pecado é ser dirigido pelas palavras e pensamentos de outro indivíduo, relegando as suas capacidades a mera concordância cega. Pecado é aceitar “palavras vendidas”, onde o Ser Supremo foi reduzido a condição de produto. Pecado é ser preguiçoso e não ler e pesquisar a história sob diversas óticas do conhecimento, ficando restringido a um parâmetro. “Nunca confie no conhecimento do homem de um só livro.”. Pecado é elevar a Instituição, com suas pessoas, costumes, práticas e bens (muitos bens) e seus muitos erros e malfeitos ao longo da história a condição de Santa. Pecado é fazer “vista-grossa” ao preço do metro quadrado sobre o qual estão erigidas as incontáveis construções em cada cidade ao redor do mundo, que usufruem de isenção de impostos, impostos que recaem sobre os demais mortais.
     Pecado é um conceito mal intencionado, formulado por dominadores que continuam aterrorizando a ignorância, subjugando-a a condição de ser parasitada pela sua fome de poder. Poder que não emana nem da justiça nem da espada, mas que covardemente se esconde e se beneficia atrás delas.
     Por fim, encontre-o. Você pode procurá-lo no fundo dos vales, a beira dos rios e lagos, no alto das montanhas, sob o aconchego dos bosques, nas distâncias dos desertos, no frio dos pólos, sob o calor dos trópicos, mas não se esqueça de parar, pensar e voltar o seu olhar para dentro de si mesmo.

Ass.: O Druida.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Que energia é essa?

Imagem: O Druida
Seres duais é o que somos. Compostos por matéria e energia. Da matéria vem a parte que realiza os trabalhos físico-químicos e mecânicos. Da energia a consciência de si mesmo, dos demais e a necessidade de um ser superior que possa te proteger dos medos que ecoam de um passado que você não viveu perdido na noite dos tempos da história da humanidade. Seria esta energia comum a todos os seres vivos apenas deste planeta ou de todo o universo? Como as formas e movimentos se repetem universo afora, por que seres vivos existiriam somente aqui?
            A energia de nossas vidas tem memória. Mostrado em um programa de televisão, o indivíduo que morria em uma mesa cirúrgica viu seu próprio corpo sobre a mesa, o hospital onde estava sendo operado pelo lado externo e um acidente de trânsito que ocorreu próximo ao local. Foi ressuscitado pelos médicos e posteriormente narrou o ocorrido. O acidente de trânsito na data e horário pode ser comprovado pelos médicos. Logo, podemos concluir que a energia vê e tem memória. É como se ela fosse uma “internet” sem fio e usasse o cérebro como um computador ligado na rede. Eis aqui outra repetição do universo, quando o ser humano criou a internet, de maneira consciente ou inconsciente, ele se baseou no próprio funcionamento.
            Dados transmitidos ou arquivados em energia pura. Seria ela individual ou coletiva? Quando o corpo deixa de existir, a energia da vida permanece individual ou soma-se a um enorme banco de todas as energias anteriores, compondo assim um enorme arquivo de informações de todos os lugares e de todos os tempos? Eis aí uma fonte de informações que poderia responder as nossas eternas perguntas: - quem somos, de onde viemos e para onde vamos? E ainda, se Deus existe, seríamos nós, como energia de todas as coisas vivas, parte Dele? Pensar nas perguntas é bem mais fácil, porém, se pudessem ser respondidas desmascarariam alguns milhares de anos de charlatanice das religiões, seitas e dogmas.
  
Ass.: O Druida.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por que não?

Faço exercícios há muitos anos por recomendação médica. Sempre freqüentando academias de musculação.
Certa vez, meu médico me indagou: tantos anos fazendo musculação por que não muda e faz natação?
E eu respondi: faria se soubesse nadar.
E ele complementou: por que não aprende?
Respondi: na minha idade? Estou com cinqüenta anos!
E o que te impede?
Fiquei de pensar no assunto.
Sempre gostei muito do contato com a água, mas quando era criança, quase me afoguei no mar e isso me deixou um pouco assustada. Mas resolvi tentar. Matriculei-me em uma escola de natação e já fui avisando que tinha medo e não sabia nadar nada, nem boiar. A professora era ótima. Levei algum tempo aprendendo e hoje sei que foi uma das melhores coisas que fiz em minha vida. Adorei e adoro nadar.  
Mais uma vez a comprovação de que quando a gente quer, gosta e se dedica, tudo é possível.

Fonte da Imagem:


Tempo Para Tudo

Conheço mulheres, com idades parecidas com a minha, que se esqueceram de si. A vida de casada, o marido, os filhos, a profissão, o emprego acabaram em primeiro lugar. Mas se você parar e pensar verá que antes de ser esposa, mãe, profissional, você é mulher, uma pessoa única, que têm direitos, desejos, ambições, que gosta de fazer coisas que vão além de cozinhar, lavar, passar, levar filhos ao colégio ou estar sempre à disposição de todos. Algumas se tornam escravas da casa e nem notam que estão tristes, desleixadas, depressivas. Muitas vezes isso acontece porque o resto da família, inconscientemente, não quer que ela mude, que deixe de servi-los, pois ela deixou de ser mulher para ser apenas dona-de-casa.. O tempo passa, nosso corpo envelhece, mas o nosso espírito não. Isso só irá acontecer se deixarmos. Portanto, independente da idade, ame, estude, vá à academia, pratique um esporte, ouça música, aprenda a tocar um instrumento, estude pintura, faça artesanato, faça um blog. Se re-pagine: pinte o cabelo, faça a unha, atualize seu guarda-roupa, sua maquiagem, use salto. Há tempo e espaço para tudo, basta começar. Viva.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cabeça Aberta

Há alguns dias minha filha me perguntou: não quer criar um blog? Eu estranhei muito, porque isso é algo novo para mim. E perguntei a ela: escrever sobre o que? Ela me olhou e disse: Sei lá! Sobre tudo. O que você quiser. Afinal, alguém com tamanha bagagem de vida, deve ter muito para contar.
Por alguns dias fiquei pensando no assunto. Não é fácil colocar fatos, sensações, experiências em textos e ainda mais em um blog. Mas, aqui estou. Encarando o desafio. Minha primeira máquina de escrever era manual e hoje estou diante de um computador com tantas funções que às vezes me atrapalho. Mas creio que aos poucos vou desenferrujando. E ficarei feliz se meus textos acrescentarem alguma coisa a alguém. Qualquer comentário será bem-vindo.

Fonte da Imagem:

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Livre-arbítrio

As religiões fazem bem a quem precisa delas. Não sou contra as opções, mas apenas divirjo da maioria que não lê, não pesquisa seus fundadores, a razão que levaram tais pessoas a criá-las.
O ser humano tem que ser livre, fazer suas escolhas, decidindo por aquilo que entende e lhe convém sem ter um dono ou ser propriedade de alguém ou alguma coisa.
Outro dia, escutei uma história que me deixou pasma. Uma pessoa afirmava que o mundo começou com Jesus Cristo, que nada havia antes dele.
Um absurdo tamanho, mas que não houve jeito de convencer tal pessoa que o mundo, as pessoas, as raças, e até as pirâmides do Egito estão lá há mais de 5000 anos.
É triste ver tanta ignorância e que dela coisas piores são geradas. Atitudes e ações que não fazem nada para melhorar o ser humano.

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Como ser divino

Por não possuirmos religião, eu e meu marido deixamos a critério de nossas filhas a escolha, mas as educamos na questão da fé.
Foram educadas a fazer o correto, a respeitar não só as pessoas, mas a todos os outros seres existentes quer animal ou vegetal.
Certa vez, perguntaram aos alunos da sala de aula de uma das minhas filhas qual a religião deles. Não obtendo resposta dela, a professora insistiu e teve como resposta: não tenho religião. Chegando em casa, ela foi conversar comigo sobre a pergunta, e que a professora lhe havia dito que ela iria para o inferno quando morresse. Fui ao colégio conversar com a mestra, e lhe perguntei se ela tinha alguma queixa da minha filha, se ela era diferente, ou tinha alguma coisa a menos que os outros alunos que a levasse a dizer tamanha asneira. Até a tal pergunta, minha filha era igualzinha aos outros, depois dela estava condenada ao inferno?
E ainda afirmei: nunca minhas filhas desrespeitaram pessoas, animais, árvores, o que quer que fosse do colégio, ao contrário de vários alunos que chegavam a maltratar pássaros, sapos, insetos, etc.
Desculpas foram pedidas e aceitas, mas ficou a preocupação da falta de preparo de uma pessoa, que para mim, tem a obrigação de não só se instruir, mas entender melhor as opções das pessoas.

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Uma Questão de Fé

Vinda de uma família católica não praticante, foi fácil fazer questionamentos sobre as religiões.
Desde cedo, me pareceu correto seguir o que era certo, o que havia sido questionado, entendido e se revelado o melhor para minha vida.
Quando me perguntam qual a minha religião, respondo que não tenho e, para minha surpresa, questionam se não creio em Deus. Para mim, fé não tem nada a ver com religião. As religiões foram criadas pelos homens pelos motivos mais diversos, muitos dos quais eu desaprovo. 
Deus não é um velhinho barbudo em cima de uma nuvem que de lá controla os milhões de seres humanos aqui na Terra. Ele é algo que se sente dentro do peito, uma harmonia com todo o resto do planeta. Quando olhamos o céu azul, a chuva caindo, um rio no seu curso, uma flor balançando ao vento, um animal dormindo, uma floresta, o vai e vem das ondas do mar, sentimos a nossa divindade.
Religião qualquer um pode escolher e ter, mas fé e se sentir divino é para poucos.

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Cães Heróis

Recentemente, vi uma reportagem sobre dois cães heróis. Deram a vida pelos seus companheiros homens.  Fiquei comovida com a homenagem prestada a eles. Homens e mulheres acostumados com a dureza das ruas choravam ao vê-los inertes, preparados para serem cremados. Chorei também.
Felizes daqueles que conseguem sentir o que eles sentiram: uma profunda afeição e reconhecimento do valor de um grande amigo.

Por que amar um cão?

Sempre gostei de cães. Eles sempre estiveram presentes em minha vida. Todos foram maravilhosos.
Há quase dez anos, vive conosco o Tarkan. É um Boxer dourado pelo qual sinto um profundo respeito pelo amor que o mesmo dedica a mim e a minha família. O impressionante, é a comunicação que ele possui com a gente:  sabe transmitir quando está doente, triste, entediado, alegre, quando quer brincar, sair para passear na rua, com fome, etc.
E é através deste convívio do dia-a-dia, que tiramos uma grande lição: o quão especiais são os animais que nos dedicam tanta atenção sem pedir quase nada em troca.
Há poucos dias, por causa de uma febre, quase pedi meu querido amigo. Não me importei de passar a madrugada cuidando dele, chorando com medo que o tempo dele nesse mundo tivesse acabado. Ainda bem que não. Mas sei que pela idade dele, ele é um cão idoso e mais cedo ou mais tarde teremos que nos separar. A velhice já está maltratando seu corpinho, algumas dores e problemas, às vezes, tiram-lhe a vivacidade. Mas o companheirismo, o amor pela gente não muda, apenas aumenta, buscando cada vez mais a nossa companhia. Sinto até que ele não vê diferença nenhuma entre nós.
Se todos olhassem para seu cão direto nos olhos, veriam sua alma, igual a nossa, apenas num corpo diferente.
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