sábado, 12 de janeiro de 2013

Divagando sobre o "ontem" ser um caminho de duplo sentido direcional

Nosso Universo não sendo único, ante a teoria dos universos paralelos ou multiverso, o "big-bang" de Steve Watwkins também não seria o único, primeiro ou último. Ao concebermos a gigantesca idéia de uma brana (Teoria das Cordas) contendo um universo, torna-se difícil imaginar a mecânica que regeria tais bolhas de modo a não colidirem gerando uma explosão que reconstrói uma nova ordem, tal como conhecemos nos corpos celestes observáveis. As leis newtonianas, os formatos arredondados dos astros em suas órbitas elípticas se reproduziriam em maiores dimensões formadas pelos conjuntos dessas mesmas peças?

E em relação ao tempo, ao olharmos para uma distância cada vez maior, estamos de fato olhando para o passado? Distância é tempo quando comparada a um padrão de velocidade conhecido, também quando a relacionamos com nosso curto período existencial, mas, o mesmo se aplica a eterna matéria universal?

Consigo compreender as três dimensões, e parte da quarta de Albert Einstein, na qual viajamos do ontem para o amanhã, porém, do amanhã para ontem só foi realizado na arte da ficção científica. Poderíamos realmente curvar a linha do tempo de modo a transportar um ser biológico a uma época anterior a sua? Buracos de Minhoca e intrincados cálculos sugerem haver um atalho no tempo, do tipo "portal". Ao viajarmos de carro por uma estrada, estamos fazendo um deslocamento biológico no espaço e no tempo, porém, ao pararmos e olharmos para trás, para o local de onde viemos, estamos olhando para o passado? Tente retornar do ponto onde parou para o ponto do início da viagem. Ao chegar lá., vai constatar que retornou no espaço, mas não no tempo, porque o tempo é inexorável, ininterrupto e contínuo. Por isso, ao olharmos para trás estamos olhando para espaço, já o tempo, esse é sempre novo e atual. Uma estrela, cujo brilho da explosão é percebida por nós hoje, mesmo que o fato que gerou o brilho tenha ocorrido a cinco mil anos do nosso tempo, não nos arremete ao passado, mesmo com o cálculo da expansão do universo associado a velocidade de propagação do brilho.

Voltando ao universo, ele se reequilibra ao ter um astro explodido ou engolido por um burado negro de anti-matéria, ou simplesmente todos esses fenômenos fazem parte de um equilíbrio pré-programado?

Só nos resta indagar, ouvindo o silêncio no espaço cabível da resposta. Mas, consola-nos o fato de que o progresso do nosso conhecimento não está nas respostas equivocadas e sim nas perguntas sempre paralelas às novas teorias, que se consolidam como aceitáveis ou verdadeiras no decorrer do tempo. Afinal, observar, raciocinar e concluir contestando ou concordando faz parte do processo próprio ao ser humano.

Ass.: O Druida.

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