sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ficção e Realidade



                No seriado Terranova, a ficção proporciona aos personagens o feito de se moverem no tempo 80.000.000 de anos para o passado. A Terra desse tempo é coberta de florestas com árvores gigantescas e animais que só serão extintos 15.000.000 de anos mais tarde. Mares e rios repletos de peixes. Tudo limpo e intocado. É possível sentir inveja do mundo deles em relação ao nosso com 7.000.000.000 de seres humanos, em um crescente que ocupa e destrói tudo e todos os outros seres. E ainda afirmamos que somos seres inteligentes. E ainda pior, é ouvir do representante de certa religião que foi Deus que criou tudo apenas para o nosso uso, para que dispuséssemos da vida dos vegetais, animais, peixes, aves, répteis, etc., de maneira indiscriminada para nossa alimentação, satisfação e prazer. O prazer de matar, de destruir. E ainda dizem que fomos criados a imagem e semelhança com Deus. Será que ele não se ofende?
                No seriado, eles se movem no tempo graças a uma fenda, que proporciona somente o movimento de ida, sem a possibilidade de retorno, embora essa possibilidade não fique descartada diante da tecnologia disponível naquele mundo destruído de 2149 DC, onde existem duas correntes de opinião entre os mandatários. Uma alega que a colônia iniciaria práticas para um uso mais racional e correto do planeta, modificando seu futuro e destino para a destruição. A outra, velada, quer criar uma porta de retorno no tempo, para se servir dos recursos naturais e riquezas abundantes naquela época, movendo-os para o futuro.
                Que bom seria poder voltar no tempo, com conhecimento e tecnologia a um passado tão remoto e poder pular todas as etapas da evolução da humanidade, podendo reescrever sua história sem os inúmeros rascunhos que a ignorância nos obrigou e atribuindo o real valor as coisas simples e naturais, sem a ganância e erros que o comportamento social e religioso nos imbuiu.
                Ao ver uma matéria na Internet, sobre restos petrificados com 300.000.000 de anos contendo em seu interior um parafuso, que seria impossível para a humanidade que teoricamente surgiu muito depois, desperta-nos a alegria de querer acreditar que aquilo seja verdadeiro e não apenas mais uma ¨peça montada pela rede¨. Daí decorre duas coisas, sendo a primeira obter o nome do fabricante de um parafuso de tão grande durabilidade..., e a segunda imaginar que os seres que fizeram aquele parafuso devem ter vindo de outro planeta, sendo os colonizadores deste, nossos antepassados. Podemos ainda pensar numa fenda do tempo. Bom, se eram nossos antepassados, o que fizemos com o nosso conhecimento? Ele decresceu até desaparecer, para depois voltar a se formar gota a gota, passo a passo? Se tivéssemos partido a 300.000.000 de anos ou mais com a capacidade de produzir um parafuso daqueles, hoje estaríamos com as respostas corretas sobre o universo ou universos paralelos, de onde viemos e para onde vamos após a morte se somos duais (matéria e energia) e outras tantas, sem mencionar o fato de que o PT jamais seria eleito.
                Se, verdadeiro ou falso o caso do parafuso, não reverteremos a destruição do nosso planeta no mundo real, em função da mentalidade imediatista dos seres humanos, para os quais vale o ditado: ¨no caso de farinha pouca, meu pirão primeiro¨ ou ¨se há um furo na canoa, ele está do seu lado¨. Existe alguma consciência conservacionista, mas infelizmente a maioria, os que mais se reproduzem, pensa pouco ou quase nada e como exemplo destes temos os vândalos e pichadores. Como consolo nos resta fazermos alguma coisa, como abandonar o desenfreado pegue e pague da vida, não trocar de celular o tempo todo, pensar menos em produzir e acumular riquezas, evitar ao máximo o uso de embalagens não retornáveis, fazer uso de bicicleta como transporte e evitar usar veículos grandes e poluidores, plantar algumas árvores, separar o lixo orgânico do reciclável, não comprar mais roupas e sapatos que o estritamente necessário, não comprar, consumir ou incentivar aquilo que consideramos errado, como ter animais silvestres como bichos de estimação, comer carnes de caças ou utilizar madeiras provenientes de desmatamentos (madeiras sem certificação de origem). Porém, tenha em mente que isso tudo só servirá para amenizar a grande parcela de culpa que nos cabe por pertencermos a essa espécie inteligente que está destruindo o único mundo que temos e que ainda nem conhecemos bem.
                Você pode ainda, votar pelo desmatamento zero do Greenpeace, procure em:
                Pense, você existe, logo, permita que seu neto também tenha onde existir.
                                                                              Junho de 2013.
                                                                                              O DRUIDA

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