No
seriado Terranova, a ficção proporciona aos personagens o feito de se moverem
no tempo 80.000.000 de anos para o passado. A Terra desse tempo é coberta de
florestas com árvores gigantescas e animais que só serão extintos 15.000.000 de
anos mais tarde. Mares e rios repletos de peixes. Tudo limpo e intocado. É
possível sentir inveja do mundo deles em relação ao nosso com 7.000.000.000 de
seres humanos, em um crescente que ocupa e destrói tudo e todos os outros
seres. E ainda afirmamos que somos seres inteligentes. E ainda pior, é ouvir do
representante de certa religião que foi Deus que criou tudo apenas para o nosso
uso, para que dispuséssemos da vida dos vegetais, animais, peixes, aves,
répteis, etc., de maneira indiscriminada para nossa alimentação, satisfação e
prazer. O prazer de matar, de destruir. E ainda dizem que fomos criados a
imagem e semelhança com Deus. Será que ele não se ofende?
No
seriado, eles se movem no tempo graças a uma fenda, que proporciona somente o
movimento de ida, sem a possibilidade de retorno, embora essa possibilidade não
fique descartada diante da tecnologia disponível naquele mundo destruído de
2149 DC, onde existem duas correntes de opinião entre os mandatários. Uma alega
que a colônia iniciaria práticas para um uso mais racional e correto do
planeta, modificando seu futuro e destino para a destruição. A outra, velada,
quer criar uma porta de retorno no tempo, para se servir dos recursos naturais
e riquezas abundantes naquela época, movendo-os para o futuro.
Que
bom seria poder voltar no tempo, com conhecimento e tecnologia a um passado tão
remoto e poder pular todas as etapas da evolução da humanidade, podendo
reescrever sua história sem os inúmeros rascunhos que a ignorância nos obrigou
e atribuindo o real valor as coisas simples e naturais, sem a ganância e erros
que o comportamento social e religioso nos imbuiu.
Ao
ver uma matéria na Internet, sobre restos petrificados com 300.000.000 de anos
contendo em seu interior um parafuso, que seria impossível para a humanidade
que teoricamente surgiu muito depois, desperta-nos a alegria de querer
acreditar que aquilo seja verdadeiro e não apenas mais uma ¨peça montada pela rede¨.
Daí decorre duas coisas, sendo a primeira obter o nome do fabricante de um
parafuso de tão grande durabilidade..., e a segunda imaginar que os seres que
fizeram aquele parafuso devem ter vindo de outro planeta, sendo os
colonizadores deste, nossos antepassados. Podemos ainda pensar numa fenda do
tempo. Bom, se eram nossos antepassados, o que fizemos com o nosso
conhecimento? Ele decresceu até desaparecer, para depois voltar a se formar
gota a gota, passo a passo? Se tivéssemos partido a 300.000.000 de anos ou mais
com a capacidade de produzir um parafuso daqueles, hoje estaríamos com as
respostas corretas sobre o universo ou universos paralelos, de onde viemos e
para onde vamos após a morte se somos duais (matéria e energia) e outras tantas,
sem mencionar o fato de que o PT jamais seria eleito.
Se,
verdadeiro ou falso o caso do parafuso, não reverteremos a destruição do nosso
planeta no mundo real, em função da mentalidade imediatista dos seres humanos,
para os quais vale o ditado: ¨no caso de farinha pouca, meu pirão primeiro¨ ou
¨se há um furo na canoa, ele está do seu lado¨. Existe alguma consciência
conservacionista, mas infelizmente a maioria, os que mais se reproduzem, pensa
pouco ou quase nada e como exemplo destes temos os vândalos e pichadores. Como
consolo nos resta fazermos alguma coisa, como abandonar o desenfreado pegue e
pague da vida, não trocar de celular o tempo todo, pensar menos em produzir e
acumular riquezas, evitar ao máximo o uso de embalagens não retornáveis, fazer uso
de bicicleta como transporte e evitar usar veículos grandes e poluidores,
plantar algumas árvores, separar o lixo orgânico do reciclável, não comprar
mais roupas e sapatos que o estritamente necessário, não comprar, consumir ou
incentivar aquilo que consideramos errado, como ter animais silvestres como
bichos de estimação, comer carnes de caças ou utilizar madeiras provenientes de
desmatamentos (madeiras sem certificação de origem). Porém, tenha em mente que
isso tudo só servirá para amenizar a grande parcela de culpa que nos cabe por
pertencermos a essa espécie inteligente que está destruindo o único mundo que
temos e que ainda nem conhecemos bem.
Você
pode ainda, votar pelo desmatamento zero do Greenpeace, procure em:
Pense,
você existe, logo, permita que seu neto também tenha onde existir.
Junho
de 2013.
O
DRUIDA
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